A entrevistada da vez é Eliene Pereira da Silva-Dias.
Eliene Pereira da Silva-Dias é Doutora em Ciências da Educação – UTIC/ASU. Mestra em Governança e Desenvolvimento pela Enap/DF. Especialista em Secretariado Executivo e Gestão de Pessoas no Serviço Público. Administradora (Estácio), Teóloga (Facetam), Educadora Religiosa (Iber) e Secretária Executiva (Upis). Licenciada em Letras – Portugues-Inglês (Ipemig). Tem experiência nas áreas de Secretariado Executivo, Educação, Administração Geral e Pública. É servidora pública e atua na Auditoria Interna do Tribunal Regional Federal da 1ªRegião (TRF1).
Organizadora de diversas coletânea, dentre elas destacam-se: “Êxodo Acadêmico: O percurso dos estudantes brasileiros no Paraguai” e “Êxodo Acadêmico: Relatos de experiência da jornada acadêmica de brasileiros no Paraguai”. É docente local do Haggai Brasil. Empreendedora Digital e coordenadora do projeto Evoluir Solution. Faz parte do Comitê Assessor Cientifico da “Revista Revista Científica del Centro de Investigación – RECIDE” (ISSN 3005-5865) de la Universidad Tecnológica Intercontinental – UTIC-PY. Trabalha como mentora de escrita acadêmica, organizadora de coletâneas e escritora de diversos artigos e capítulos de livros e é revisora de textos. É coordenadora de cursos livres na modalidade EAD e docente na Faculdade Teológica de Brasília (FTBB). Nome de referência: Silva-Dias.
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Minha trajetória acadêmica tem sido guiada pela convicção de que o conhecimento só cumpre sua missão quando é compartilhado. Atuando com escrita acadêmica e mentoria, tenho orientado alunos e alunas a descobrirem o valor das pesquisas e o poder transformador do estudo sistemático. Cada orientação é uma oportunidade de cultivar o senso crítico e formar pesquisadores comprometidos com a verdade e com o impacto social do saber. A seleção para coordenar um GT no CAEduca é, para mim, fruto desse percurso construído na dedicação à produção e à democratização do conhecimento, contribuindo com a comunidade científica de maneira ética, sólida e colaborativa.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
O que mais me chamou atenção no CAEduca é a sua proposta de ser um fórum dinâmico e plural de divulgação científica na área da educação. Ele reúne pesquisadores, professores e estudantes de diferentes regiões e áreas de atuação, promovendo uma verdadeira rede de intercâmbio de ideias, boas práticas e reflexões críticas. Essa convergência de olhares e experiências proporciona um ambiente fértil para o aprimoramento de pesquisas e práticas educacionais, fortalecendo a produção acadêmica com sentido prático e relevância social.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
O Grupo de Trabalho que coordeno trata da Gestão da Qualidade da Educação, uma temática que demanda um olhar atento às estruturas que sustentam ou limitam o direito à aprendizagem efetiva. O principal desafio está em articular um debate que vá além de métricas e rankings, focando em como políticas públicas, gestão escolar, formação de professores, equidade de recursos e engajamento social podem, de fato, garantir uma educação com qualidade para todos. É preciso alinhar teoria e prática, envolvendo diferentes áreas do saber, para repensar o que entendemos por qualidade e como podemos implementá-la em contextos educacionais tão desiguais quanto o nosso.
4) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Minha principal orientação é: substitua opinião por argumentação fundamentada. Evite os achismos e busque escrever com isenção e responsabilidade, baseando-se em autores, evidências e marcos teóricos consistentes. Um texto inovador não é aquele que apenas repete o que já foi dito, mas aquele que propõe novos caminhos, provoca reflexões e colabora para o avanço do debate acadêmico. Escrever bem exige leitura constante, escuta sensível e coragem para questionar o óbvio. Produza com propósito, e sua contribuição terá impacto.
Assim, cada texto pode ser uma semente de mudança, inspirando novas leituras, práticas e debates dentro e fora do CAEduca.
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