O entrevistado da vez é Jefferson Luis Brentini da Silva.
Jefferson Luis Brentini da Silva é É docente e gestor educacional com trajetória consolidada na educação básica e superior. Graduado em Filosofia pela UFOP, com licenciaturas em Filosofia, Pedagogia e Geografia, possui especializações em Metodologia do Ensino e em Política e Sociedade, mestrado em Educação (UNIARA), doutorado em Educação Escolar (UNESP) e pós-doutorado em Estudos Históricos, Filosóficos e Antropológicos sobre Escola e Cultura (UNESP). Atua como professor na rede estadual de São Paulo e supervisor de ensino no município de Monte Azul Paulista. Já foi coordenador de GT em edição anterior do CAEduca (2021), além de integrar conselhos e projetos de políticas públicas educacionais.
Tem ampla experiência em publicações acadêmicas e científicas, sendo autor e organizador de livros, capítulos e artigos voltados à gestão educacional, currículo, políticas públicas e formação docente. Participou ativamente de eventos nacionais e internacionais da área da Educação, apresentando trabalhos e coordenando mesas de debate. Já atuou em bancas de avaliação e qualificação de mestrado, TCCs e especializações, contribuindo na formação de novos pesquisadores e professores. Sua trajetória articula pesquisa, gestão e prática docente, fazendo com que transite entre o campo acadêmico e a gestão escolar cotidiana. No CAEduca de 2025 ele leva essa experiência múltipla, reforçando o diálogo entre teoria e prática na formação de educadores.
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Minha caminhada sempre foi guiada por uma inquietação: a busca por compreender e transformar a educação. Comecei na Filosofia, ampliei horizontes com a Pedagogia e a Geografia, segui para especializações e me aprofundei no mestrado e doutorado em Educação, até chegar ao pós-doutorado. Ao longo desse percurso, atuei como professor, pesquisador, gestor, supervisor de ensino e autor de publicações, sempre com o compromisso de unir teoria e prática. Estar novamente no CAEduca, coordenando um GT, é a confirmação de que essa trajetória, feita de muito estudo, trabalho e paixão, continua viva e pulsante.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
O que mais me encanta no CAEduca é o espírito coletivo de construção de saberes. Ele não é apenas um congresso, é um espaço onde ideias se encontram, se desafiam e se transformam. É um ambiente em que cada pesquisador e educador traz consigo uma experiência única, mas que, juntas, compõem um grande mosaico da educação brasileira. O CAEduca é esse lugar de partilha, de criação, de ousadia intelectual — e é exatamente isso que o torna tão inspirador.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
O maior desafio em Gestão Educacional e Formação Docente é superar visões limitadas que reduzem a gestão a papéis burocráticos e a formação a momentos isolados de capacitação. Precisamos compreender que gestão também educa e que formar professores significa promover reflexão crítica, autonomia e protagonismo. O desafio é cultivar escolas como espaços de aprendizagem permanente, em que teoria e prática se entrelaçam de maneira viva, em diálogo constante com a realidade.
4) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Minha dica é: escrevam com coragem. Produzir um texto de qualidade exige pesquisa séria, diálogo com grandes referências, mas também exige colocar sua voz, sua originalidade. Não tenham medo de arriscar ideias novas, de provocar reflexões, de sair do lugar comum. Um bom texto não é apenas informativo, ele inspira, abre caminhos, deixa marcas. Ousem escrever para transformar, e não apenas para cumprir um requisito. É essa ousadia que torna um trabalho memorável.
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