A entrevistada da vez é Márcia Santos Duarte de Oliveira.

Márcia Santos Duarte de Oliveira é linguista e Professora Doutora e pesquisadora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). A sólida formação acadêmica de Profa. Márcia Oliveira inclui Mestrado em Linguística pela Universidade de Brasília – UnB (1995), Doutorado em Linguística pela Universidade de São Paulo – USP (2004) e Pós-Doutorados pela Universidade de Coimbra, Portugal (2010) e Instituto Politécnico do Libolo, Angola (2024).
O foco das pesquisas da Profa. Márcia – e de suas orientações de iniciação científica, mestrado e doutorado na USP – está na chamada linguística de contato e morfossintaxe de variedades de português, com particular ênfase no português falado em: Angola (África), em áreas afro-indígenas no Brasil e na diáspora brasileira em áreas caribenhas. Essa temática é importante para a compreensão das dinâmicas da cidadania linguística e da inclusão social em contextos monolíngues, bilíngues e multilíngues.
Autora de publicações de impacto, como ‘O português na África atlântica’ e ‘Novas Dinâmicas do Português’, a Profa. Márcia liderou o projeto inovador chamado de “Projeto Libolo” (2013-2024) – em conjunto com o Prof. Carlos Figueiredo (Univ. de Macau). Sua vasta experiência administrativa em associações científicas e como editora de revistas acadêmicas reforça sua liderança e compromisso com o avanço do conhecimento.
Explore sua produção acadêmica completa em:
http://lattes.cnpq.br/2150804592589800
E venha enriquecer o debate sobre Cidadania Linguística e Inclusão Social no CAEduca 2025!
Além disso, é idealizadora e diretora de criação de AFRICAEMPONTO.com – https://www.africaemponto.com/. O portal AFRICAEMPONTO, idealizado e dirigido pela Profa. Dra. Márcia Santos Duarte de Oliveira, funciona como a ponte direta entre sua rigorosa pesquisa acadêmica e o grande público. Através desta plataforma de divulgação científica, décadas de estudo sobre a diversidade linguística e cultural africana — desde suas investigações sobre o povo ibibio na Nigéria, passando pelo português falado em Angola com o Projeto Libolo, até a análise das línguas crioulas de Cabo Verde e Guiné-Bissau — são traduzidas em narrativas acessíveis e humanizadas. Ao converter dados complexos em reportagens e ensaios que combatem estereótipos, o portal materializa o compromisso da pesquisadora em apresentar uma visão plural do continente, transformando conhecimento especializado em uma ferramenta de cidadania e inclusão.
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Penso que, uma questão bastante significativa em minha trajetória acadêmica foi pertencer ao Grupo ACADEMUS idealizado e liderado pelo Professor Dr. Felipe Asensi. O Academus tem sido um divisor de águas para mim; eu comecei a acreditar que poderia (e deveria) sair dos muros da Universidade. AFRICAEMPONTO é um grande resultado dessa parceria incrível com acadêmicos de diversas áreas.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
Várias coisas me chamam a atenção no CAEDUCA: a inovação acadêmica; a multidisciplinariedades; a ‘dádiva’ de compartilhar conhecimentos.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
A Linguística como ciencia ainda é pouco conhecida fora dos muros das instituições de ensino superior e pesquisa. Logo, é um desafio apresentar essa ciência de forma mais ampla no CAEDUCA. No entanto, estou muito certa que essa ciência é importantísima no auxílio à cidadania e inclusão de muitos grupos sociais no Brasil e no mundo.
4) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Minha “dica” para a participação em próximas iniciativas como o CAEDUCA é que os acadêmicos saiam de seus muros institucionais e busquem interagir com grupos multidisciplinares. Com relação à produção de textos de qualidade e inovadores, meu conselho é que não tenham medo de buscar ajuda em meio a pares “dadivosos” – os grupos liderados por Felipe Asensi são especiais.
Gostou da entrevista? Não esqueça de comentar e compartilhar.
Para mais informações sobre o CAEduca e se cadastrar para novidades, visite o site www.caeduca.com
