O entrevistado da vez é Deusemar Cardoso do Nascimento.
Deusemar Cardoso do Nascimento é Autor do livro Educação no século XXI: Práticas de multiletramentos, membro efetivo da Academia Mundial de Letras da Humanidade, cadeira 008, e membro correspondente da Academia Ipiuense de Letras, Cultura e Artes.
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Minha trajetória acadêmica sempre esteve ancorada no compromisso com a transformação social por meio da educação. Sou graduado em Letras, com mestrado e doutorado em Letras, tendo atuado ao longo dos anos tanto na sala de aula quanto em projetos de pesquisa e extensão voltados à formação docente e à inclusão educacional. Participei de diversos eventos científicos e, mais recentemente, venho me dedicando à orientação de trabalhos acadêmicos e à articulação entre teoria e prática pedagógica. Ser selecionado para coordenar o GT da Educação Básica no CAEduca é um reconhecimento que me honra profundamente e reforça meu compromisso com a construção coletiva do conhecimento.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
O que mais me chamou atenção no CAEduca foi sua proposta inovadora de articular ensino, pesquisa e extensão em um espaço democrático e colaborativo. A forma como o congresso valoriza diferentes vozes e promove o diálogo entre saberes acadêmicos e práticas pedagógicas é algo que considero fundamental no atual cenário educacional. Além disso, a estrutura dos Grupos de Trabalho, pensados como espaços de escuta, construção e compartilhamento, revela um cuidado metodológico que certamente amplia o impacto do evento.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
A interdisciplinaridade, embora desejada, ainda encontra barreiras estruturais e culturais no contexto educacional. O principal desafio, a meu ver, é superar a fragmentação do conhecimento e fomentar uma cultura de colaboração entre áreas distintas. Isso exige mudanças curriculares, formação docente contínua e, principalmente, uma mudança de postura: é preciso enxergar o aluno e o conhecimento de forma integrada. Trabalhar essa temática no GT é, portanto, um convite à ousadia intelectual e à reinvenção de práticas pedagógicas.
4) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Minha principal dica é: escrevam com propósito. Um texto acadêmico de qualidade nasce do diálogo entre a teoria sólida, a vivência prática e a escuta atenta às demandas da realidade educacional. Sejam curiosos, leiam muito, mas não se esqueçam de olhar para suas próprias experiências como fontes legítimas de conhecimento. Além disso, inovar não é necessariamente inventar algo inédito, mas propor novos olhares sobre questões existentes. E, por fim, não tenham medo de submeter seus trabalhos — é na troca que a escrita se fortalece.
Gostou da entrevista? Não esqueça de comentar e compartilhar.
Para mais informações sobre o CAEduca e se cadastrar para novidades, visite o site www.caeduca.com
