O entrevistado da vez é Darlan Alves Moulin.

Darlan Alves Moulin é Pós-doutorando e Doutor em Direito (Finanças Públicas, Tributação e Desenvolvimento) pelo PPGD da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Mestre em Direitos Sociais, Difusos e Coletivos. Especialista em Direito Constitucional e Tributário. Analista Judiciário no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro – TJRJ. Servidor-instrutor da Escola de Administração Judiciária – ESAJ/ TJRJ. Professor de Direito Constitucional, Financeiro e Tributário nas Universidades Estácio de Sá – UNESA/RJ.
Autor do livro “Tributação e Desigualdades: caminhos para a efetivação da justiça fiscal no Brasil em tempos de crise”.
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Minha trajetória acadêmica começou durante a graduação em Direito, entre 2006 e 2010, na Universidade Estácio de Sá (UNESA/RJ), onde fui bolsista do PROUNI. Nesse período, tive a oportunidade de participar de um projeto de iniciação científica voluntária, que investigava o acesso da população de São João de Meriti/RJ à justiça. Essa experiência inicial despertou em mim uma paixão pela pesquisa.
Após concluir a graduação, busquei especializações em Direito Tributário e Constitucional. Em 2013, iniciei minha carreira docente, lecionando em diversas unidades da UNESA/RJ, e ingressei no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) como Técnico de Atividade Judiciária. Em 2024, assumi o cargo de Analista Judiciário no mesmo tribunal, função que exerço até o presente momento.
A intersecção entre a vida acadêmica e a prática judiciária alimentou meu interesse em pesquisa no campo do Direito, Educação e Justiça Social. Em 2017, ingressei no mestrado em Direito no Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL), onde foquei na concretização dos direitos sociais, difusos e coletivos. Após concluir o mestrado em 2018, organizei um grupo de estudos com alunos de graduação na UNESA/RJ, dedicado à pesquisa da função social do Estado em tempos de crise.
Foi em 2019 que conheci os eventos do grupo CAED, ocasião em que comecei a submeter trabalhos e participar de eventos promovidos pela instituição. Em 2021, iniciei o doutorado em Direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com uma linha de pesquisa voltada para finanças públicas, tributação e desenvolvimento. No final de 2024, defendi minha tese, e em 2025, lancei meu primeiro livro autoral, “Tributação e Desigualdades: Caminhos para a Efetivação da Justiça Fiscal no Brasil em Tempos de Crise”, resultado da pesquisa realizada durante o doutorado. Atualmente, estou também no estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Direito da UERJ.
A experiência com pesquisa tem sido profundamente gratificante, e as iniciativas do CAEduca têm sido fundamentais para impulsionar minha produção acadêmica, permitindo-me contribuir ativamente para o avanço do conhecimento na área do Direito, Educação e Justiça Social.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
O que mais me impressionou no CAEduca foi seu formato inovador e a abordagem 100% virtual dos eventos. Essa modalidade não apenas amplia o alcance, permitindo que participantes de diferentes localidades se conectem, mas também enriquece a experiência com a interdisciplinaridade dos grupos temáticos. A diversidade de perspectivas que emergem dessas interações é verdadeiramente enriquecedora.
Outro destaque é a organização e a publicação de coletâneas em eventos internacionais, que conferem um prestígio adicional e garantem que as contribuições apresentadas sejam difundidas de forma ampla e acessível. Essas iniciativas tornam o CAEduca um espaço vital para o intercâmbio de conhecimento e práticas educacionais contemporâneas, fortalecendo a rede de colaboração entre acadêmicos e profissionais da educação.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
Um dos principais desafios da temática sobre Cidadania, Educação e Justiça Social reside na necessidade de promover uma efetiva integração entre esses três pilares. Muitas vezes, a educação é tratada de forma isolada, sem considerar seu papel crucial na formação de cidadãos críticos e participativos. O desafio é desenvolver práticas educacionais que não apenas transmitam conhecimento, mas que também estimulem o engajamento social e a conscientização sobre direitos e deveres.
Além disso, é fundamental enfrentar as desigualdades sociais que permeiam nosso sistema educacional. A justiça social deve ser uma meta constante, e isso implica em criar condições equitativas para que todos os indivíduos, independentemente de suas origens, tenham acesso à educação de qualidade e possam exercer sua cidadania plenamente.
A interdisciplinaridade neste contexto é vital, pois nos permite abordar a cidadania e a justiça social de forma holística, incorporando diversas perspectivas – como a sociologia, a filosofia, a psicologia e as ciências políticas – para formar uma compreensão mais abrangente das realidades enfrentadas por diferentes grupos sociais.
Portanto, o desafio não é apenas acadêmico, mas também ético e social: como podemos transformar a educação em uma ferramenta poderosa de promoção da cidadania e da justiça social em um mundo tão desigual?
4) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Uma dica fundamental para produzir textos de qualidade e inovadores é cultivar o hábito da leitura crítica e diversificada. Ler obras de diferentes áreas do conhecimento, incluindo aquelas que desafiam nossas próprias opiniões, enriquece nosso repertório e estimula novas ideias. Além disso, é essencial estar atento às tendências contemporâneas e às discussões relevantes em sua área de atuação, pois isso pode inspirar abordagens inovadoras em seus escritos.
Outra sugestão é buscar sempre a clareza e a concisão na escrita. Um texto bem estruturado, que apresenta suas ideias de forma lógica e direta, facilita a compreensão e engaja mais o leitor. Utilize recursos como exemplos práticos, dados empíricos e citações relevantes para embasar seus argumentos, tornando seu texto mais persuasivo e interessante.
Por fim, não hesite em compartilhar rascunhos com colegas ou mentores para receber feedback. A crítica construtiva é uma ferramenta poderosa para aprimorar sua escrita. Lembre-se de que o processo de escrita é também um processo de revisão e reflexão; cada versão pode ser uma oportunidade de evolução.
Ao seguir essas diretrizes, você poderá criar textos que não apenas informam, mas também inspiram e provocam reflexão, contribuindo para o diálogo enriquecedor que caracteriza as iniciativas do CAEduca.
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