O entrevistado da vez é Abraão Lucas Ferreira Guimarães.

Abraão Lucas Ferreira Guimarães é Doutorando em Ciência Jurídica pela UNIVALI/CIESA. Mestre em Direito Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho, Direito Civil e Processual Civil, Direito do Consumidor, Direito Administrativo, Direito Público, Gestão Pública e Docência no Ensino Superior, além de MBAs em Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching. Professor universitário e Coordenador do Curso de Direito do Centro Universitário do Ensino Superior do Amazonas (CIESA).
Autor do livro “Quando o Ambiente Adoece: Burnout e a Luta por Qualidade de Vida” e de diversos capítulos de obras jurídicas, com pesquisas voltadas à saúde mental, ensino superior, meio ambiente do trabalho, responsabilidade civil e metodologias ativas de aprendizagem. Membro do Conselho Científico da AYA Editora, tem participado de congressos nacionais e internacionais, atuado como avaliador de bancas e colaborado em publicações acadêmicas de relevância.
1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Minha trajetória acadêmica é marcada pela busca constante em integrar teoria e prática, sempre conciliando estudo, trabalho e compromisso social. Venho de uma formação em escolas públicas, iniciei minha vida profissional ainda muito jovem e enfrentei os desafios de conciliar diferentes atividades com os estudos, o que me deu uma visão realista da vida dos trabalhadores brasileiros. Essa vivência foi determinante para minha pesquisa no mestrado em Direito Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em que investiguei a síndrome de burnout entre motoristas de aplicativo, unindo experiência prática e rigor acadêmico
Atualmente, sou doutorando em Ciência Jurídica (UNIVALI/CIESA), professor e coordenador do curso de Direito no CIESA, autor do livro “Quando o Ambiente Adoece: Burnout e a Luta por Qualidade de Vida” e membro do Conselho Centífico da AYA Editora
Participei de congressos nacionais e internacionais, publiquei cerca de 20 capítulos de livros e atuei em bancas avaliadoras em mais de cinquenta ocasiões. Receber o título de Cidadão do Amazonas em 2025 foi também um marco de reconhecimento da minha dedicação acadêmica e social
Toda essa trajetória, construída com resiliência e paixão pelo ensino, foi o que me trouxe até a honrosa missão de coordenar um GT no CAEduca, um espaço que considero fundamental para o diálogo interdisciplinar e para a construção de uma educação mais inovadora e transformadora.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
O que mais me chamou atenção foi a capacidade do CAEduca de reunir pesquisadores de diferentes áreas e regiões em um espaço de diálogo interdisciplinar. Esse encontro de perspectivas promove uma riqueza ímpar de reflexões sobre a educação, permitindo que possamos pensar soluções coletivas e inovadoras para os desafios que enfrentamos. Além disso, destaco a organização e a seriedade acadêmica do evento, que o tornam um verdadeiro espaço de construção de conhecimento.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?
O ensino superior passa, hoje, por um momento de profundas transformações. O principal desafio que identifico é conciliar a necessidade de inovação pedagógica — com metodologias ativas e integração tecnológica — com a manutenção da qualidade acadêmica e do senso crítico que a universidade deve preservar. Muitas vezes, a pressão por resultados rápidos e pela adaptação a novas demandas do mercado pode afastar o ensino superior da sua missão formadora. O desafio é equilibrar tradição e inovação, sempre colocando o estudante como protagonista do processo de aprendizagem
4) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Minha principal dica é: escrevam com propósito. Um texto acadêmico não deve ser apenas técnico, mas também capaz de dialogar com a realidade, propor soluções e inspirar mudanças. Busquem unir rigor científico com criatividade, construindo argumentos que sejam consistentes, mas que também tragam originalidade. E, acima de tudo, não tenham medo de ousar — a inovação nasce quando nos permitimos pensar além dos limites tradicionais.
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