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Entrevista com Luan Tarlau Balieiro – Coordenador de GT do CAEduca 2025

O entrevistado da vez é Luan Tarlau Balieiro .

Luan Tarlau Balieiro cursa Doutorado em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), com Estágio Científico Avançado (Modalidade: Doutorado Sandwich no Exterior – SWE/CNPq) em Ciências da Educação, na especialidade de Sociologia da Educação e Política Educativa, no Instituto de Educação da Universidade do Minho (Campus de Gualtar/Braga/Portugal). É Mestre em Educação pelo mesmo Programa e Universidade (PPE/UEM). Especializou-se em áreas fundamentais, como Docência na Educação Superior, Libras, Linguagem Jurídica e Revisão de Textos. Licenciou-se em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), com habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas Correspondentes (com concessão de Láurea Acadêmica de Graduação), e em Pedagogia pelo Centro Universitário Cidade Verde (UniCV). Como docente, leciona no Ensino Superior, especificamente no Curso de Bacharelado em Direito. Tem publicações concernentes à Língua Portuguesa e a outros temas que compreendem a área da Educação. Mais informações disponíveis em: http://lattes.cnpq.br/7368107622347145

Além disso, vale a pena destacar que é autor da dissertação de mestrado intitulada “Educação e Capitalismo de Plataforma: digitalização e conectividade rizomática no ensino – a virtualidade em tela” (2022), disponível em: https://ppe.uem.br/teses-e-dissertacoes-1/dissertacoes/2022/2022-luan-tarlau-balieiro.pdf 

Organizador dos livros: “Educação em um contexto multidisciplinar: concepções, abordagens e experiências” (volumes 1 e 2), veiculados pela Editora Científica Digital (2025): https://www.editoracientifica.com.br/books/isbn/978-65-5360-948-8; https://www.editoracientifica.com.br/books/isbn/978-65-83998-29-3 

Pesquisador Externo no Centro de Investigação em Educação (CIEd/Universidade do Minho/Portugal).

Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Básica e Superior (GEDUC) certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Membro-participante da Rede Universitas/BR (Eixo 6: Novos modos de regulação e as tendências em construção no campo da produção do conhecimento).

Associado da ANPEd (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação; GT 11 – Política da Educação Superior) e da ANPAE (Associação Nacional de Política e Administração da Educação).

1) Você foi selecionada para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.

Minha trajetória acadêmica começou em 2014, quando ingressei na Licenciatura em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas Correspondentes, na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Desde a infância, o gosto pela leitura e pela escrita sempre me acompanhou, o que fez do curso de Letras uma escolha natural e enriquecedora, capaz de ampliar meu repertório sociocultural. Durante a graduação, participei de projetos de iniciação científica, experiência que me possibilitou a escrever artigos, apresentar trabalhos em eventos e compreender, de forma aprofundada, o processo de pesquisa acadêmica e suas especificidades. Concluído o curso em 2018, decidi investir em especializações na área da Educação, campo que sempre me despertou interesse pela sua natureza interdisciplinar. Finalizadas as especializações, retornei à UEM para cursar o mestrado em Educação, na linha de pesquisa Políticas e Gestão em Educação. Nesse período, conheci o CAEduca pelas redes sociais e tive a oportunidade de apresentar trabalhos, além de publicar capítulos em livros organizados pelo evento. Essa vivência representou uma experiência marcante de socialização de estudos, tanto oriundos da graduação em Letras quanto das reflexões iniciais do mestrado. Neste momento, atuo como docente no Ensino Superior privado, ministrando disciplinas de Língua Portuguesa no curso de Direito. Paralelamente, desenvolvo o doutorado em Educação, na linha de pesquisa História da Educação, Políticas e Práticas Pedagógicas (PPE/UEM). No ano passado, concluí um doutorado sanduíche (estágio científico avançado) no Instituto de Educação da Universidade do Minho, em Braga (Portugal), experiência que consolidou meu amadurecimento enquanto pesquisador e que, certamente, reforçou minha motivação em, mais uma vez, candidatar-se à coordenação do CAEduca.

2) O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?

O que mais me marca no CAEduca é, sem dúvida, o propósito que o Conselho assume de democratizar o conhecimento junto à sociedade. É fundamental que os saberes produzidos em nossas pesquisas sejam partilhados em favor do bem comum. O fato de o evento ocorrer integralmente em formato remoto potencializa esse processo de democratização, ao mesmo tempo em que fortalece vínculos com profissionais e pesquisadores de diferentes países. Trata-se de uma rede de conhecimento construída com seriedade, dedicação e competência. O conhecimento, por sua natureza, é plural. Observar as especificidades que cada grupo de trabalho abriga evidencia essa pluralidade, que precisa ser socializada. Entendo que o CAEduca se compromete exatamente com essa missão social de ampliar e difundir os saberes.

3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da temática?

O GT 10 – Temas Contemporâneos de Educação – tem a finalidade de fomentar discussões a respeito dos temas contemporâneos em Educação, os quais englobam diversos contextos, campos de estudo e pesquisas em desenvolvimento ou já concluídas provenientes de áreas diversas, como Ciências Sociais, Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Exatas, Ciências Biológicas, Tecnologia e Ciências da Saúde. Nesse horizonte, compreendo que o maior desafio do grupo está em refletir sobre o próprio conceito de contemporaneidade, que, por sua natureza, não comporta uma resposta única ou definitiva. As diferentes áreas do conhecimento, como as já citadas, encontram-se profundamente interligadas, revelando a potência de um saber que transcende os limites escolares e universitários. Pensar a educação de forma interdisciplinar significa exatamente reconhecer e valorizar essa diversidade de interações. Nessa perspectiva, o GT 10 reafirma seu compromisso em fomentar tais relações, sempre orientado pelo princípio da democratização do conhecimento.

4) Bom, outros pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?

A principal dica que posso oferecer para quem deseja produzir textos de qualidade e com inovação é, sem dúvida, a prática. Para aqueles que estão ingressando no universo da pesquisa, a participação em projetos de iniciação científica é uma excelente porta de entrada. Além disso, é fundamental cultivar o hábito constante da leitura e da escrita. O contato com diferentes áreas do conhecimento – como literatura, sociologia, filosofia, artes, história – amplia o repertório sociocultural e favorece o desenvolvimento de uma criticidade essencial não apenas para o meio acadêmico, mas também para a vida em sociedade. Com a prática contínua de ler e escrever, aliada à incorporação desse repertório, a evolução da qualidade textual se torna evidente. Por isso, pratiquem, escrevam, leiam e questionem. Façam do exercício intelectual e da busca pelo saber, em suas múltiplas dimensões, um verdadeiro hábito.

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